Metodologia do Atlas da Notícia
O Atlas da Notícia é um levantamento nacional sobre os veículos de comunicação do Brasil. Esse levantamento é conduzido pelo Instituto para o Desenvolvimento do Jornalismo - Projor, em parceria com a agência Volt Data Lab.
A metodologia do Atlas da Notícia envolveu, basicamente, dois levantamentos:
- Levantamento 1 (ponto de partida): obtenção de dados junto à Secretaria de Comunicação da Presidência da República (Secom/PR), via Lei de Acesso à Informação (LAI) no caso de veículos impressos e online, e junto ao site do Ministério das Comunicações (hoje Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações), no caso de rádios e TVs com concessão pública de radiofrequência.
- Levantamento 2 (iniciativa própria): pesquisa da própria equipe do Atlas mediante utilização de contribuições públicas abertas, voluntários e colaboradores recrutados e pesquisadores próprios. Veja neste link quem compõe a equipe do Atlas e neste link quem foram os colaboradores voluntários da terceira edição.
Desde 2017, primeiro ano de publicação da pesquisa, os dados da Secom e do MCTIC representam a maior parte do levantamento, em número de veículos mapeados. No entanto, a participação do levantamento próprio do Atlas da Notícia tem paulatinamente crescimento tanto em proporção sobre o total de veículos mapeados quanto na expansão das informações obtidas.
No primeiro levantamento (2017) e no segundo (2018), foram apuradas como informações centrais do levantamento apenas dados sobre nome do veículo, município, unidade federativa e região. Nesses dois casos, os levantamentos foram basicamente manuais – ou seja, pesquisadores acrescentaram diretamente as informações no banco de dados.
Desde o primeiro ano, levantamento próprio do Atlas é realizado mediante o preenchimento de um formulário, aberto a todos, no qual os colaboradores preenchem campos pré-estabelecidos pela coordenação da pesquisa.
Vale dizer que o Atlas mapeia todos os veículos de comunicação que consegue encontrar, mas considera para sua pesquisa somente veículos que possuem algum viés jornalístico. No banco de dados, há uma notação indicando quais consideramos ou não jornalísticos.
Veículos não-jornalísticos incluem canais de TV pertencidos a Estados e municípios, periódicos de sindicatos e associações corporativas e outros veículos que não se encaixam em padrões de produção jornalística. Nossa base é constantemente avaliada e atualizada.
Em 2018, contando com financiamento para o projeto, o Atlas passou a ter pesquisadores regionais (um em cada região), e com isso passou a construir uma rede de colaboradores a fim de expandir a base de conhecimento sobre os veículos mapeados.
A partir de então passaram a ser coletadas também informações de contato, endereço (online e físico), tamanho, outras mídias atuantes, propriedade e modelo de negócios. Até fevereiro de 2020, 17% da base do Atlas possuía essa expansão de informações – com viés de crescimento nesse percentual à medida que o levantamento prossegue.
Em 2019, o Atlas deu um passo a mais, com a criação de uma interface de aplicação (API). Essa interface tem a intenção facilitar e automatizar o sistema de coleta e inclusão de informações e análises no banco de dados.
Com esse sistema, colaboradores que preencherem o formulário poderão cadastrar um veículo novo ou atualizar informações sobre um veículo já cadastrado. Essas informações são então acrescentadas a um espaço de triagem no banco de dados, sendo, então, aprovadas, recusadas ou retificadas pelos pesquisadores regionais. Dessa forma, o banco de dados, e consequentemente a API, são atualizados.
Outras as fontes do Atlas da Notícia
- Atlas Brasil/PNUD/IDHM - dados sobre IDHM
- IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - dados sobre população
- IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - dados da malha geográfica do Brasil
- Base dos Dados - dados gerais para cruzamento